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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

2011 - o que está atrás da porta?

       Imagem Internet

       Como sempre, um novo ano se inicia em grande estilo: fogos, festas, folia, pessoas reunidas comemorando.
       Final de novembro, início de dezembro: já é visível a ansiedade, o mau humor e o  desatino das pessoas. Todos tem que terminar alguma coisa, limpar alguma coisa, comprar alguma coisa. Parece que o mundo vai terminar. Correrias, acidentes, brigas, acerto de contas.
       Há um bom tempo o Natal passou a ser sinônimo de muitos gastos, alegria para poucos. Tristeza e angústia para muitos. Final de ano deixou de ser sinônimo de união e amor, preparo para as férias e passou a ser um período em que as dores de outrora tomam vulto, talvez reforçadas pelas frustrações, pelos sonhos não realizados mais uma vez. 
       Nem sempre é positivo o saldo do balanço emocional do ano vivido. Nem sempre as recordações do Natal anterior são felizes. Mesmo assim, os fogos de artifício continuam enlouquecendo os cães. As pessoas continuam comemorando, sem saber bem o porquê. 
       Nós, da geração tecnologia, continuamos buscando um paradigma que dê conta de todas as mudanças pelas quais passamos. Muitas vezes nos sentimos perdidos. precisamos de um referencial que nos assegure estabilidade emocional.
       Vamos pensar nas famílias: era relativamente fácil educar uma criança cinquenta anos atrás. A televisão começou a surgir e, logo após, uma infinidade tecnológica prometendo conforto e tempo de sobra para a família e o lazer.
       Máquinas começaram a fazer o nosso serviço, mas logo a ilusão se foi. Descobrimos que, para manter essas máquinas trabalhando por nós, teríamos que trabalhar mais ainda. Mal sabíamos que estava se iniciando um ciclo interminável de lutas, obrigações e falta de tempo, sem precedente histórico. Vivemos na era da instantaneidade, da descartabilidade e da rapidez.
       Vendemos nossa alma à tecnologia. Como educar filhos nessa configuração? Como viver nesse novo mundo? Nossos pais não servem como modelo. Agora  tudo é diferente. Temos que criar nossa própria cartilha. Isso muitas vezes assusta, angustia, judia de nossa consciência. Faz arregalar os olhos de nossa visão interior, que frequentemente se fecha e prefere "fazer de conta" que está dormindo, até ser sacudida pela dura realidade que vivemos: drogas, violência, corrupção, valorização do "ter"em detrimento do "ser". Como de regra, as relações são rápidas, descartáveis. 
       Será que estou sendo demasiado pessimista? Exagerando?
       Temo que não.
       Descoberta a doença, podemos tratá-la!
       Tenho uma proposta para 2011. Convido você a aderir. 
       A cada ano que se inicia, costumamos fazer projetos para mudar aquilo que poderia ser melhor. Normalmente os planos incluem mais questões materiais. Neste ano, quero mudar. Os aspectos materiais entrarão num segundo plano, como consequência da mudança moral. Em 2011 quero amar mais e odiar menos. Vou sentir menos raiva, ser mais tolerante para com os que estão comigo na caminhada da vida.
       Quero que a "porta das mudanças" esteja sempre aberta!
       Atrás da porta, vou encontrar uma forma mais amena de viver, apesar das correrias. Quero ver a mim e aos outros como filhos imperfeitos de Deus,  em busca da perfeição relativa. Preciso lembrar que isso é normal, para evitar o sentimento de culpa.  Tenho que refazer a subida toda vez que um degrau quebrar. Desistir, jamais...
       Em relação ao que me cabe, quero corrigir a estrada destorcida da pós- modernidade, conservando apenas o que há de bom.
       Precisamos, como os pais de nossos pais, criar um paradigma para os que estão vindo. Eles precisam saber que tudo o que muda sai dos eixos e precisa de uma revisão. 
       Façamos nós essa revisão, essa recolocação do trem nos trilhos!
       Eu estou disposta e convido você a também olhar-se "por dentro". Você vai descobrir muitas coisas lindas, muitas sementes prontas para germinar em solo apropriado. O que não vai tão bem pode e deve ser mudado. E isso é uma conquista individual e não um presente de Deus. Requer trabalho e cuidado.
       Orai e vigiai... Disse Jesus. Olhe atrás da sua porta. Faça uma limpeza: elimine as teias que talvez tenham se criado devido ao marasmo existencial. Não permita que a omissão ou o conformismo deixem os problemas tomarem um vulto maior que o necessário. 
       Desejo um lindo ano para todos nós: coragem para mudar o que é preciso e aceitação para aquilo que não pode ser mudado.Tolerância para com as diferentes individualidades e amor ao próximo, na mesma medida em que gostaríamos de ser amados.
       Feliz 2011, queridos amigos a amigas!